segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Throw me a penny...

As vezes em madrugadas sem sono me pego pensando que seria fantástico se algum dia deixássemos de ser covardes demais para simplesmente entregar o coração nas mãos um do outro, cuidando do coração alheio e confiando que o outro cuidará bem do nosso. Devo ser terrivelmente antiquado, mas seria tudo tão fácil e tão "certo"...

Claro, entregar o próprio coração para alguém deve ser a coisa mais perigosa que podemos fazer com a nossa existência humana, mas cada vez mais me parece que correr esse risco é o único jeito de ser verdadeiramente feliz.


Sei lá, gostaria de poder cantar essa música a plenos pulmões para alguém.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Clean up

That day, I simply decided to give up on the life I was starting to build for myself before it even began.

One year later, I crumpled and buried the last empty package of anti-depressants in the trash can. The loud sound of crushed plastic and cardboard filled the silent, cold morning.

It was the sound of my life starting.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Entropia

E, cansado da solidão devastadora, resolvi observar o céu noturno.

Reparei que todas as estrelas haviam se apagado.

Foi quando percebi quão velho eu estava.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"The hardest part of letting go..."


Why won't you move a single inch?

Why can't you perceive the differences between people and respect them?

Why must you think that everyone is obliged to make concessions to accomodate you in our lives when you don't make any?

Why do you think freedom is built upon disrespecting others and, consequently, yourself?

Why can't you let anyone get close enough to truly love you?

"...is saying goodbye."

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Helter Skelter, ou Prólogo de um Andarilho

"When I get to the bottom I'll go back to the top of the slide"


*
* *



O druida olhou para o horizonte e viu o céu, que lembrava uma abóboda cinzenta posta sobre toda a existência humana. Um vento glacial castigava aquelas planícies, entrecortadas por sombras doentias lançadas por um disco solar que parecia uma mancha pálida de um brilho cadavérico.

Esse mesmo sol havia sido seu objeto de adoração por inúmeros anos, mas agora só oferecia desespero ao invés do conforto que sua luz costumava proporcionar para sua jornada por essa terra.

Seu corpo estava marcado por inúmeros ferimentos, sofridos ao longo de sua jornada até essa terra devastada. O sangue escorria pelas feridas e descia pelas suas pernas, nutrindo o solo com a sua dor, como ensinava a doutrina que ele havia seguido desde que se conhecia como ser consciente.

O druida limpou o sangue que descia de seus lábios moldados em um sorriso desafiador. Ele sabia que só havia chegado àquelas terras desoladas, que só havia sofrido seus ferimentos devido as suas próprias escolhas. Ele via com clareza todos os caminhos que haviam sido dispostos a sua frente, e escolheu aqueles que o levaram ao ponto no qual ele se encontra agora.

Ele sabia que a única saída da região crepuscular na qual se encontrava era penetrar cada vez mais nela e em seu próprio sofrimento.

Com o desespero absoluto vem a liberdade.

Ele jamais desejaria que fosse diferente.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Gospel, or How to be the man you are

It's simple:

Non-existence is an undeniable fact.

Always remember that your lifetime is short, and can end at any moment without warning.

Know what you need to achieve on this lifetime.

Find which of these goals are the dearest to you.

Figure out how you can reach said goals.

Desperately work on achieving them on every chance you get.

However, keep a calm and collected exterior.

Sever all the ties that prevent you from reaching your goals.

Always be in control.

You are your own savior.

terça-feira, 1 de março de 2011

Nemo

É um caso curioso e ao mesmo tempo ridículo, esse do homem que acabou por se tornar apenas pensamento, e que meramente subsiste até o dia em que cair no esquecimento.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Andarilho - parte 1

Der Wanderer über dem Nebelmeer (O Andarilho acima do mar de névoa),1818, Caspar David Friedrich


Ele levou as mãos à testa para esconder os olhos da luz fulminante do sol que caía naquelas terras áridas. Caminhava por essa amarga trilha já por anos, em busca de algum tesouro em algum ponto distante, tesouro esse que já nem mais tinha certeza que existia.

Vez por outra encontrara pistas e marcas na areia que apontavam que estava seguindo o caminho certo, mas nunca conseguiu ter certeza se tais marcas eram concretas ou se eram nada além de alucinação. Tinha evidências que poderiam corroborar as duas possibilidades.

Em uma ocasião, chegou a descobrir riquezas, mas acabou abandonando-as. Tais riquezas se mostraram mera miragem, e, mesmo se fossem reais, seriam uma pálida imitação imperfeita do verdadeiro objetivo.

O andarilho passou a refletir sobre sua atual situação. Ele sabia que não aguentaria esse caminho por muito mais tempo, e certamente sucumbiria à fome ou à loucura. Cogitou simplesmente esquecer o objetivo e levantar vôo, afinal, ele tinha asas, por mais que fosse difícil e doloroso usa-las. Em outras trilhas, poderia encontrar tesouros até maiores e mais reluzentes do que aquele que buscava.

Foi quando teve esse pensamento que uma gargalhada acabou escapando de sua garganta seca: Ora, todos esses anos e havia esquecido das suas asas! Sim, fazia tempo que ele não as usava, e era muito difícil alçar vôo, mas elas estavam lá. Esse pensamento o divertiu, assim como a constatação de que o que o obcecava não era apenas o ouro, mas a própria trilha, a busca. Estava obcecado pelo seu próprio sofrimento.

Percebeu também que levantar vôo também não implicava necessariamente em desistir de seu objetivo: Se conseguisse as forças necessárias para decolar, poderia simplesmenter descobrir o que se localizava no fim daquela trilha, afinal, e caso não fosse o que procurava, poderia se dirigir para outras terras, outros lugares e outros tesouros que certamente abundam nesse universo gigantesco.

Com um sorriso, apesar da dor e do esforço descomunal que vinham com o uso de suas asas após tantos anos, ele se lançou aos céus, sem saber o que o aguardava. Com os olhos semicerrados devido a luz, ele olhou na direção do fim da trilha e tentou constatar o que lá havia.

Longe do sofrimento das areias do deserto, ignorando as miragens pelo caminho, tudo chegaria ao fim em breve.


(Continua...)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

The rise and fall of the adorable little Ms. R

Before the storm

Sabe, é complicado. Não há nada de errado com voce. Muito pelo contrário, acho você linda, de verdade.

E ainda por cima, uma vozinha na minha cabeça me incomoda de quando em quando avisando que você talvez seja o que eu sempre procurei.

Mas eu simplesmente não suporto você. Desculpe.


*
* *

After the storm

Porra bicho, que nojento. Assim não...

A tempestade conseguiu calar a tal vozinha para sempre.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

I just got back up, it's time I fell

Sem criatividade hoje, então, uma simples citação musical:

The fire burns on and on
That drives me on 'til all is gone
Except the simple plans
Of mice and men

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fobia social

Tá legal, tá legal. Eu admito, tenho problema grave.

Ou não?

Blé, inconstância total. O lance é, de fato tenho dificuldade pra interagir com as pessoas em geral. O que eu não sei é se isso é problema de fato, ou só desinteresse meu no resto da humanidade. E se for mesmo desinteresse, isso não acaba virando problema porque acabo me prejudicando e perdendo oportunidades?

Mas por outro lado, me relaciono bem com as pessoas que realmente importam. Hmmm.

Que coisa...

Ou então eu devia parar de pensar essas bostas e criar vergonha na cara. Dizem que funciona também.

Como dizia a frase no banheiro masculino no prédio de história da USP, "Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Plus ça change, plus c'est la même chose...

...mas dessa vez, resolvi simplesmente seguir em frente.



Não faço idéia do que o futuro me reserva. Mas vai ser fantástico descobrir por mim mesmo.

(and everything was made for you and me)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Beholding the Daughters of the Firmament


Trollet som grunner på hvor gammelt det er (Troll se pergunta quão velho ele é), 1911, Theodor Kittelsen

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dadaísmo Romântico-linguistíco-Shakesperiano Inglês/Portunhol/Italiano em cinco movimentos

I.

¡Cuando la imagem de la ruiva aparece ello se siente un Hamlet contemporaneo!

II.

Well, that's not entirely true. Yes, he does feel like a modern day Hamlet when he lays his eyes on her. But this is not what he feels initially when her image appears.

No tiene orgullo algun de su naturaleza, but his nature makes him want to scream at the top of his lungs upon seeing the redheaded girl:

"Eeehh ragazza! Ma che bello melone!"

Pero devido a que acredita ser su criación y estatura moral ese pensamiento es por demas desconfortable para ello, e é espantado de su cabeza como a un inseto.

III.

What remains is the image of the redheaded girl. Untouched, pristine, beautiful, immaculate.

IV.

Then he realizes: ella tiene la misma naturaleza. En verdade, como ella no compartilha de su ditas criación y estatura moral, tiene una naturaleza pior (o mejor?), que eres quase incompreensible para ello. Siente-se como se el unico proposito de la ruiva fuesse destrui-lo completamente, con chacotas y galhofas, palos y piedras.

He looks at the reason for his to be or not to be today and finally, comes to the conclusion: ¡Cuando la imagem de la ruiva aparece ello se siente un Hamlet contemporaneo!

V.

But in the end of the day, what remains is that old, familiar sensation, quase como a de quem ostenta os cornos de um traído:

PUTA! É PUTA!

Epílogo.

Como você se definiria meu amor, como você se definiria meu amor?

Referência Bibliográfica.

(desculpas à Fausto Fawcett, Alrugo Entertainment e Rogério Skylab, pelo roubo e bastardização de alguns conceitos)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Aniversário

Ontem foi meu aniversário. Não apenas completei mais um ano de vida, mas também acabei refletindo em meio aos cumprimentos, tanto os sinceros quanto os das amizades pasteurizadas das redes sociais. Quase exatamente um ano atrás, foi o dia quando pela primeira vez eu realmente achei que tinha me resolvido: Tinha achado a pessoa que eu passaria junto o resto da vida.

Mas aí ela foi mostrando que aquela menina que eu havia me apaixonado era só um simulacro, uma construção artificial. Nada além de um personagem representado por uma atriz habilidosa, ou quiçá uma construção da minha imaginação esperançosa e das minhas expectativas projetadas.

Justiça seja feita. Em parte, mea culpa. Você sempre fez questão de me avisar que não prestava. Eu que insistia em ser o único que acreditava que embaixo de toda essa futilidade se escondia uma boa pessoa.

Enfim, com meu aniversário, 2010 acabou oficialmente e um novo ciclo se inicia. No fim das contas, todo o seu desprezo e escrotidão ajudaram a iniciar esse novo ciclo.

Querendo me ferir, você acabou se despedindo da minha vida com um belo presente de aniversário.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

What's in a name?

Being a series of questions and answers regarding the name of this humble weblog.

Q: De onde veio essa desgraça desse nome?

A: Suda 51, um diretor/escritor japonês de jogos de videogame, chama de Kill the Past a vaga série que agrupa seus principais trabalhos. O que une todos é exatamente a temática central de um personagem que confronta, por vezes violentamente, elementos do seu passado para poder seguir em frente.

Q: E o que isso tem a ver?

A: Tem a ver que é exatamente o objetivo desse blog: Confrontar alguns elementos do passado para poder seguir em frente com o meu caminho.

Q: Porque Kill, e não simplesmente Leave behind ou coisa parecida?

A: Porque infelizmente, a vida não funciona de forma tão simples assim. Simplesmente deixar as coisas pra trás não costuma dar certo. Sempre fica um talvez, uma dúvida incomodando. "Será que poderia ter sido diferente?" e assim por diante.

Q: Mas escrever assim não piora a coisa toda? Você não fica preso e remoendo coisas do passado?

A: Em um primeiro momento, sim. Mas aí que entra a parte do Kill. Soltar as palavras no mundo acaba sendo uma forma de confrontar violentamente e enterrar o passado, vendo como ele as vezes não faz sentido, as vezes é terrível, mas na maior parte do tempo é simplesmente imbecil.

Ou então são só textos pouco coerentes de um babaca qualquer aí. Interprete como quiser.

Grace



Hello sun.
Hello bird.
Hello my lady.
Hello breakfast.
May I buy you again tomorrow?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Conselho para o resto da vida

As vezes, quando voce sentir que o mundo inteiro está errado e você é a unica pessoa sã, em geral quem está doente de fato é o mundo, e não você.

Desconfie de qualquer um que disser o contrário.